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«FÉsta da Missão Sem Fronteiras»

A Freixianda, concelho de Ourém, foi o local escolhido para o XXIV Encontro Nacional de Jovens Sem Fronteiras, que teve como tema principal «FEsta da Missão Sem Fronteiras». O evento permitiu reencontrar companheiros de caminhada, dar testemunho dos projectos de Verão e recordar o porquê de assumirmos o compromisso de anunciar Cristo com a nossa alegria de viver.

De Norte a Sul do País, os jovens partiram de todo o País com a certeza de querer crescer com a riqueza de partilhar os dons recebidos pelo Espírito Santo que, abandonados ao próprio Homem, de nada servem: é no encontro com o outro que chegamos a Jesus e O recebemos de todo o coração.

Depois de uma recepção feita de todos para todos e de um jantar servido na escola, os JSF seguiram para o salão paroquial com o objectivo de participar na sessão de abertura, a qual contou com a presença do Padre Joaquim Baptista, pároco da Freixianda, o Sr. Rui Vital, Presidente da Junta de Freguesia e o Dr. Paulo Fonseca, Presidente da Câmara Municipal de Ourém.

Inesquecíveis e cheias de garra foram as apresentações das coordenações regionais e da coordenação nacional. Houve tempo e espaço para dar asas à imaginação e não faltaram teatros, encenações, músicas, fotografias, vídeos e gargalhadas.

E porque ser missionário é também saber agradecer, o JSF preparou uma surpresa para o Padre Tony Neves, reconhecendo toda a dedicação, entrega e amor revelados ao grupo durante década e meia e algumas das peripécias que passou.

Antes de ceder ao cansaço, o grupo entrou na Igreja para a oração da noite, preparada pela Região Minho. A leitura das bodas de Caná convidou-nos a reconhecer Jesus Cristo que se faz presente na festa da nossa vida. Fiéis ao Seu amor, terminámos este momento, pedindo-Lhe que permanecesse connosco em cada jornada.

«Abriu-se a manhã» e com ela um novo dia dessa mesma festa que é viver inteiramente com Deus. Depois da oração, organizada pela Região Sul, tivemos a oportunidade de receber o Padre José Luís Borga que nos veio falar do tema «Música e missão», afirmando desde logo que «missão é, por natureza, comunhão»: é preciso adaptar a forma como chegamos ao outro, tendo em conta a sua essência.

Mais do que levar Deus, este sacerdote mostrou-nos que partir com o objectivo de levar Cristo é também uma forma de encontra-Lo, o que só é possível com humildade. A música está presente em cada um de nós e é motivo de alegria, ajudando a exprimir emoções. Através desta podemos confortar a dor de alguém, levar uma mensagem, marcar um momento. Já em grupos de campo, abordámos a importância da música e os possíveis efeitos da sua ausência no mundo e na forma de transmitir a Boa Nova.

Depois do almoço, bebemos um pouco da cultura da região, escutando o Rancho Etnográfico do Casal dos Bernardos e dançando com os seus elementos algumas das danças típicas portuguesas. Ir em missão é também abrir o coração àquilo que o outro tem para nos ofertar, seja um sorriso, uma dança ou até o seu sotaque. É na diversidade que tornamos ricos e frutíferos os dons recebidos pela Acção do Espírito Santo, os quais abandonados ao próprio homem, de nada servem: eles dão sabor à vida de quem encontramos no caminho e alimentam a nossa própria fé. Precisamos de dar de Graça aquilo que de Graça recebemos!

Os workshops que decorreram durante a tarde versaram temas como «Comunicação», «Música»,«Teatro», «Trabalhos manuais» e «Vocação» e divididos pelos grupos de campo pudemos vivê-los.

A tarde ficou marcada pelo momento orientado pelo grupo Ponte 2012 que, espalhados pelo auditório, à semelhança de pequenas ilhas formando um arquipélago, mostraram que também nós podemos criar pontes com os outros em nome de Deus. Vídeos, fotografias e muitos sorrisos deram brilho aos seus testemunhos. Partimos para um momento de oração em grupo de campo com o objectivo de fazer um compromisso na nossa fé e no modo de a viver em comunidade. Aproveitámos ainda para escutar a apresentação das actividades do próximo ano pastoral dentro do movimento.

Enriquecidos com a Palavra de Deus, tentámos compreender, afinal, que testemunho transmitimos com as experiências missionárias vividas e como é, afinal, assumir uma fé verdadeiramente sem fronteiras no Mundo que diariamente nos convida a rejeitar Deus, o mesmo que nos criou e nos chama a amar em cada momento. Sabemos que cumprimos a nossa missão sempre que partimos ao encontro do outro, recebendo-o de todo o coração e reconhecendo nele o próprio Cristo que caminha connosco. Compreendemos e aceitamos as nossas falhas como pecadores que somos, mas queremos libertar-nos dessas amarras para viver com Ele eternamente.

Jantámos e através da música demos voz à ONGD Sol Sem Fronteiras, que de «cara renovada», quis encontrar um hino com o Festival da Canção. De todo o País surgiram músicas verdadeiramente alegres e capazes de convidar todos a ser solidários. O júri, constituído por membros dos Jovens Sem Fronteiras e profissionais de música, contou ainda com a simpatia dos cantores Luís e Vânia Fernandes e a prof. de musica Véronique XXX , que se mostraram surpreendidos pela positiva com todas as actuações. A noite terminou com vários prémios de melhor letra, melhor música, melhor interpretação e o grupo mais solidário, tendo merecido particular destaque o grupo da Faz do Sousa, da Região do Douro, que foi o grande vencedor deste festival com o tema «Nasceu o Sol».

E porque toda esta festa só faz sentido com Deus, terminámos a noite como sempre começamos: na casa de Deus, agradecendo-Lhe o dia que passou sob a forma de oração, desta vez preparada pela Região Douro. A leitura não deixou dúvidas: não importam as tribulações que o Mundo ou a própria vida coloquem no nosso caminho. O Senhor está próximo e é Nele que nos devemos alegrar.

Depois de uma noite longa e de escassas horas de sono, o dia começou com o momento de oração planeado pelo grupo do Caminho de Santiago de Compostela. O testemunho de jovens missionários que caminham deixou em todos a certeza de que o Caminho em tudo se assemelha à nossa vida: dias de crescimento, momentos de dor, pedidos de ajuda, horas de entrega. Formando uma corrente, saímos pela rua em oração e sob o mesmo espírito entrámos no auditório. O convite estava lançado: «Vais ficar parado na beira do caminho, vendo passar o tempo, a vida, a felicidade à tua frente?»

Tivemos ainda tempo para um painel temático com três convidados que, pela sua própria vida, revelam a sua fé e a forma como responderam afirmativamente ao chamamento de Deus.

O Padre Manuel Henrique, coordenador da Pastoral Juvenil de Leiria-Fátima, falou-nos na importância de despertarmos para a nossa vocação desde cedo, não deixando para depois o «sim» que queremos e precisamos de dar a Deus. O Mundo está cheio de ruídos que nos distraem e afastam da missão: temos de estar atentos e perder os receios. Por este mesmo motivo, alertou-nos ainda para o valor dos jovens que servem a sua comunidade através da paróquia e nas actividades da respectiva diocese. «Temos de colocar Cristo no topo para dar consistência à nossa missão».

A irmã Fátima Gama, natural da Freixianda e Provincial das Irmãs Missionárias Espiritanas, relatou-nos um pouco do seu dia-a-dia, através da forma como «veste a capa de Deus no feminino» e a experiência marcante que a passou na Guiné.

O Padre Miguel Ribeiro, coordenador nacional dos Jovens Sem Fronteiras, contou-nos a história de uma reclusa que conheceu recentemente e que o marcou. Ressalvou o desgaste de todos os que se empenham e entregam ao movimento, confessando porém a sua tristeza quando vê jovens abandonarem os JSF precocemente, dando-nos a certeza de que «somos JSF e, simultaneamente, cristãos porque sabemos que o Redentor está vivo. Cada minuto gasto em nome de Jesus é tempo ganho em sintonia com aqueles que precisam de nós e da Salvação».

Um encontro desta envergadura não poderia terminar sem a celebração da eucaristia, o momento por excelência em que nos fazemos irmãos pela partilha do Pão, presidida por D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima. Nas suas palavras, D. António Marto foi explícito ao afirmar que «a missão sem fronteiras começa na comunhão sem fronteiras». Exortou-nos a «dar fé no matrimónio com Cristo e a sermos exemplos vivos da comunhão fraterna, a qual tem de ser fermento para vida».

Foi assim que decorreu mais um encontro nacional de JSF, no entanto, antes dos jovens chegarem à Freixianda muito se trabalhou, não seria possível este evento sem o trabalho do grupo local ao qual se associaram os grupos da região centro (Fárrio, Casal dos Bernardos, Santa Eufémia e Misericórdias). Foi importante ainda o contributo da paróquia que cedeu as suas instalações para que os JSF pudessem reunir, rezar e tomar as refeições mais ligeiras, a cargo da Escola EB 2,3 e das funcionárias da cozinha ficaram as refeições maiores, que as prepararam gratuitamente, na escola podemos ainda usufruir das salas de aulas para a realização dos Workshops. Sendo as refeições uma fatia importante no orçamento do encontro, foram várias as empresas que nos apoiaram com donativos, entre elas: Supermercado lino, Supermercado Murgano, Mini-Preço, Talho Zé Grande, Talho Pinto, Alfredo Marques LDA, Socopaze, Lactifoz, Beiragel, Deltagel, Padaria Valente, Padaria Alurcana, Padaria Eulália, Frutas Rosa Gaspar, Frutas Raquel Sarraipa, Cordeiro e Cª, Pastelaria Kinaz, Ricardo Marques, Costa e Pimpão – Nestlé.

Não podemos esquecer a Junta de Freguesia, na pessoa do Sr. Presidente que nos apoiou desde o início, e deu contributos importantes na logística e burocracia a ultrapassar. Paralelamente a Camara Municipal cedeu o pavilhão desportivo, onde os JSF puderam pernoitar e tomar banho, e ainda os guiões do encontro. Para melhor acomodar os Padres que acompanhavam os jovens o Centro Social e Paroquial de Freixianda disponibilizou as suas instalações bem como uma viatura, podendo assim deslocar mais facilmente materiais de grandes dimensões.

Para a realização do festival o apoio do Grupo Musical PA3 foi imprescindível, na cedência de material de som e luzes; o Banco Espirito Santo (BES) ofereceu aos jovens um bloco de notas e canetas, que serviu para o decorrer dos trabalhos, porque quem escreve o que lhe vai na alma, já mais o esquecerá! Para a realização do evento foram ainda necessários materiais diversos, onde tivemos o apoio de Armindo Marques e Duarte LDA, Drogaria Madisanu, Bioanalítica, Armindo Ribeiro e Carpintaria Jorge Alves. OS JSF do Minho, Douro e SUL tiveram de se deslocar para a Freixianda de autocarro com os seus motoristas, que pernoitaram no Café Restaurante Central da Freixianda, a quem agradecemos a ajuda. A Casa comercial de Fátima ofereceu as lembranças que entregamos antes de todos rumarem às suas casas. O encontro nacional trouxe à Freixianda uma mancha vermelha de jovens, à empresa Dreams Publicidade agradecemos o apoio na concepção das t-shirts nas quais foi estampado o logotipo desenhado pela Brigite Reis (elemento dos JSF de Misericórdias).

Por fim, mas não menos importante, os familiares e amigos dos JSF de Freixianda que de uma forma ou de outra foram colaborando na preparação e no decorrer do evento.

A todos o nosso muito obrigado.


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